Fantasporto

Fevereiro 17, 2009

Finalmente livre, oficialmente de férias. Já não era sem tempo! Vamos mas é ao Fantas que já a procissão vai no Rivoli.

Infelizmente, falta este ano ao festival aquela salinha decrépita e raquítica onde é costume passar-se os filmes mais undreground ou de séries de culto (j=B,C,…Z). Teve ela lugar durante muito tempo no Carlos Alberto, depois no Passos Manuel e no Sá da Bandeira. Este ano parece que há umas sessõezecas, nada que valha um chavo, nas salas da Zon Lusomundo (“e você, está on?” – slogan mais azeiteiro de sempre, ou é só impressão minha?). O cinema quer-se é na Baixa, com sessões de “Meet the Feebles” às duas da manhã no Sá da Bandeira, ou surreais matinés de “The Rocky Horror Picture Show” na mesma sala ex-pornógrafa.

Do programa: é notavelmente mais fraco que o de anos anteriores. Desde logo falta um Kim Ki-duk. Depois, a ausência da já referida colecção de pérolas freaks. Mas esmiuçando bem o programa, escapam alguns filmes que merecem, senão que os veja, que os tenha nisso em consideração.A começar pelo de abertura, “Che” do Soderbergh, (o que aí virá…), sendo o único impedimento a fila para comprar os bilhetes – a premiere suscita sempre aquela obcessão pelo glamour hollywoodesco que leva tanta gente aversa ao espírito do Fantas a marcar presença nessa noite. “Vanaja”, vindo da Índia, melhor primeira obra em Cannes, parece uma boa oportunidade para descobrir uma nova cinematografia de world cinema. “Absurdistan”, do alemão Veit Helmer, realizador de Tuvalu, grande sucesso no festival há uns anos atrás. “Astropia”, da Islândia, mais numa de ver uma Miss nórdica transplantada para o universo geek de Dungeons & Dragons. “Hansel & Gretel”, made in Coreia do Sul, horror em cores saturadas e comilanços de cabeça à boa maneira oriental. “Palermo Shooting”, do Wim Wenders, que não poderei ir ver mas, amigos, se tiverem a oportunidade, façam por isso – aposto vinte e cinco tostões como vale a pena. “Delta”, da Alemanha, prémio da crítica em Cannes – quem sabe se não virá aí uma neue Woge do cinema alemão. Finalmente, toda a filmografia do mestre italiano do terror Mario Bava, ou toda aquela que puder apanhar até sexta. Perdi a oportunidade de ver o “Metrópolis” no grande ecrã. Paciência, passamos na faculdade!

One Response to “Fantasporto”

  1. El Guru Says:

    Perdias os teus 25 tostões à pala do Palermo Shooting…


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